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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Benfica 3-0 Marítimo

A estreia de Djaló (foto Paulo Cordeiro/LUSA)

E o resultado deu em Clássico, lá para o final de Março (está marcado para 21), na Luz. O Benfica marcou encontro com o FC Porto na meia-final da Taça da Liga numa partida em que se fez valer da eficácia primeiro e da superioridade numérica depois. O Marítimo respondeu enquanto pôde e começou até por ser o primeiro a colocar questões na Luz. A visão de Saviola, a pontaria de Nelson Oliveira depois e interpretação de Soares Dias por fim foram demasiados socos para os madeirenses, que foram ao tapete com o golos de Rodrigo. De resto, o Benfica provou que, seja nos 34 anos de Capdevila, ou nos 20 de Nélson Oliveira, tem inúmeras soluções de qualidade.

Tic-tac da música


A música na Luz começou como o metrónomo mandou. De um lado para o outro, no mesmo ritmo, num tic aqui e um tac no campo oposto. Marcou o Benfica, podia tê-lo feito primeiro o Marítimo. O susto logo aos cinco minutos teve resposta com um assalto a Salin no seguinte. Uma promessa de que os madeirenses estavam dispostos a chegar às meias-finais e uma garantia de que os encarnados não queriam ficar para trás.

A arrancada de Sami foi impressionante, mas Eduardo teve tempo para a analisar, ver de lé do fundo e evitar o 1-0. A vitória do Benfica começou ali, naquele lance. Salin imitou o internacional português, mas quando Nélson Oliveira lhe surgiu pela frente já não foi capaz do mesmo. Um passe de Saviola a isola o jovem avançado deu em golo ao minuto 13. Ainda o jogo não estava sossegado, já o Benfica vencia.

Jesus voltou ao 4x1x3x2, o que faz com que Aimar tenha mais de operário do que artista. O argentino não foge à luta no miolo, mas o Benfica pareceu sempre um pouco refém do meio-campo madeirense, que ia trocando a bola com qualidade. O problema era mais à frente. Sami tentava furar, mas o bloco lisboeta, sem Luisão e Emerson, e com Jardel e Capdevila, segurou o que havia para segurar, ainda que um livre de Roberto Souza tenha assobiado junto ao poste direito de Eduardo. Ao intervalo, valia a eficácia encarnada.

Cotovelo a voar

Yannick Djaló era a grande atracção no banco encarnado nesta noite. Dentro do relvado, porém, a Luz via com bons olhos Nélson Oliveira. Produto da casa, avançado, e um primeiro toque que o faz sair de apertos. Claro, ter Saviola ao lado ou Pablo Aimar no apoio também ajuda. E foi assim que o ponta-de-lança, vice-campeão do mundo de sub-20 se destacou.

Saviola lançou-o de novo para a baliza, mas Nélson desperdiçou. Depois, foi egoísta quando não devolveu a gentileza. Mas tudo isto era prova de que o Benfica mandava no encontro, acertava com as marcações no meio-campo e Gaitán procurava ganhar confiança.

O empate servia ao Benfica, que vencia. Pouga saltava a uma bola com Javi Garcia, o cotovelo voou e Soares Dias interpretou-o como agressão. Não pareceu jogo violento de Pouga, mas que atinge Javi Garcia, é um facto, e deu azo à interpretação do juiz.

Com dez, o Marítimo voltou a assustar. Outra vez por Sami, outra vez de forma incrível. E na resposta, tudo igual ao primeiro tempo. Golo do Benfica, com Rodrigo a culminar uma bela jogada de Nelson Oliveira e Gaitan.

Na Luz, deixara de haver dúvidas: há dois pontas-de-lança a crescer e com perspectivas de um futuro risonho, com o espanhol a bisar no encontro. No final, deu ainda para a estreia de Djaló com a 12 encarnada e para ir pensado que, em Março, já depois do encontro para o campeonato, volta a haver Clássico.

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