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sexta-feira, 15 de março de 2013

LE: Bordéus-Benfica, 2-3 (crónica)

Girondins Bordeaux vs Benfica (EPA)

O Benfica segue para os quartos de final da Liga Europa com nova vitória sobre o Bordéus (3-2), agora no Chelban-Dalmas, numa eliminatória em que a equipa de Jorge Jesus teve sempre sob controlo. Os girondinos até entraram bem, mas a equipa de Jesus chegou ao intervalo em vantagem e com a eliminatória no bolso. Os franceses ainda marcaram por duas vezes na segunda parte, mas o Benfica nunca tremeu e respondeu sempre no minuto seguinte, deixando a sensação que jogou apenas por reação.

Os primeiros trinta minutos, apesar de tudo, não foram nada fáceis para o Benfica que provou do próprio veneno ao permitir que o adversário pressionasse a toda a linha e obrigasse a sucessivos erros da remendada defesa encarnada. O problema não esteve propriamente ao centro, onde Jardel dividia despesas com Roderick, mas mais nas laterais. Jorge Jesus montou uma equipa talhada para o contra-ataque, apostando tudo na velocidade de Salvio, Rodrigo e Ola John. O problema é que o holandês e o argentino não ajudavam a defender e André Almeida e Melgarejo sentiram dificuldades para travar as constantes investidas do Bordéus pelos flancos.

A equipa girondina, por seu lado, entrou muito bem no jogo, com Plasil, Obraniak e Sertic a criarem um tampão na zona central, enquanto Mariano e Trémoulinas abriam caminho junto às faixas, permitindo que Saivet e Maurice-Belay se juntassem a Diabaté ao centro. Durante quase meia-hora, o Benfica foi uma sombra de si próprio, metido num colete de forças, com apenas algumas saídas rápidas de Ola John como resposta. Maurice-Belay ficou a centímetros de empatar a eliminatória, mas Salvio também teve uma oportunidade flagrante, depois de uma grande abertura de Gaitán que esta noite, sem Luisão, assumiu o estatuto de capitão.

A verdade é que o Bordéus estava por cima do jogo quando, aos trinta minutos, tudo mudou num ápice. Canto de Ola John e cabeçada de Jardel em antecipação a Carrasso a levar a bola para as redes da equipa francesa. E tudo mudou. A começar pela contabilidade. Até aqui, o Bordéus precisava apenas de um golo para empatar a eliminatória, mas a partir daqui passava a precisar de três para a virar. Um golo que, por isso, caiu fundo na equipa francesa que perdeu intensidade e chegou mesmo a baixar os braços. A equipa francesa voltou ainda a carregar antes do intervalo, teve uma oportunidade por Diabaté, mas já não tinha a mesma energia que exibiu nos minutos iniciais.

Jardel em mais dois golos

A segunda parte jogou-se a um ritmo bem mais lento, com o Benfica a manter o Bordéus sob controlo. Os franceses não desistiram de procurar um golo, mas já sentiam mais dificuldades em encontrar espaços junto à área de Artur.

Sertik até teve uma boa oportunidade para empatar, mas o golo do Bordéus só chegou aos 74 minutos, depois de um corte defeituoso de Jardel, com as costas que deixou Diabaté em posição privilegiada. Um empate que não durou mais de um minuto. Bola ao centro e logo a seguir o Benfica voltou a passar para a frente do marcador, com um golo fácil de Cardozo que tinha acabado de render Rodrigo.

O Bordéus voltava a precisar de três golos. Missão impossível pelo que tinha demonstrado até então. Mas Jardel, que já tinha deixado o seu nome em dois golos, voltou a aparecer com um autogolo que permitiu ao Bordéus voltar a empatar em tempo de descontos. Cardozo ainda teve tempo para recuperar a vantagem, com o seu segundo golo da noite, deixando a sensação que o Benfica jogou apenas por reação aos golos dos franceses.

O Benfica segue, assim, para os quartos de final de uma competição que, pelo que temos visto, até pode ambicionar ganhar. O sorteio é já esta sexta-feira.

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