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sábado, 2 de março de 2013

Braga-Benfica, 0-0, 3-2 gp (crónica)

Sp. Braga-Benfica (Lusa)

O Sp. Braga está, pela primeira vez na sua história, na final da Taça da Liga, ao eliminar o Benfica, no desempate por grandes penalidades.

Não foi um grande jogo, muito por culpa da gestão assumida por Jorge Jesus (Urreta e Roderick titulares) e mesmo de um Braga abaixo do que vale.

A noite, gelada, também não ajudava. Os 90 minutos até tiveram momentos interessantes, mas ficou sempre a ideia de que este não era, propriamente, um Sp. Braga-Benfica ao nível de um grande duelo de campeonato.

Problema de mentalidade de treinadores e jogadores, que ainda não encaram esta Taça da Liga com a devida atenção?

Houve mais Braga na primeira parte. Um Benfica com alterações no onze acusou as mexidas e nunca conseguiu mandar verdadeiramente na partida.

Mais rotinado, o conjunto da casa teve bola, assumiu iniciativa, atacou mais. O Braga criou algumas ocasiões, mas falhou sempre na concretização.

Mossoró foi o que mais fez por merecer a sorte até ao intervalo e só não festejou o golo porque Artur, ao minuto 24, estava particularmente atento e travou duas vezes seguidas os intentos concretizadores do brasileiro.

Logo a seguir, Mossoró quase aproveitava uma oferta de Jardel, não fosse nova intervenção «in extremis» de Artur.

A apostar mais no contra-ataque, o Benfica surgiu algumas vezes com perigo, sobretudo pela direita, por via de Urreta. Num desses lances, e a responder a uma assistência de Roderick, o uruguaio ter-se-ia isolado com perigo, mas a jogada foi cortada em fora-de-jogo, em decisão errada da equipa de arbitragem.

Também por fora-de-jogo, mas desta vez bem, Cardozo introduziu a bola dentro da baliza de Quim, após bela assistência de Gaitán.


Mas faltava um bocadinho assim ao Benfica. Os encarnados (a jogar de preto) surgiram em versão Taça da Liga, a um ritmo bem menor do que o andamento que têm apresentado na Liga portuguesa e na Liga Europa.

Mais afoito, o Braga quase foi para o intervalo em vantagem no último lance do primeiro tempo, mas Custódio, logo quem fez o golo da eliminação benfiquista da Liga Europa em 2011, neste mesmo estádio, não conseguiu repetir o golo de cabeça dessa meia-final europeia...

Os primeiros minutos do segundo tempo trouxeram mais velocidade ao jogo. As duas equipas sabiam que um lance mais bem construído, um golpe mais inspirado, seria suficiente para desenlaçar o nó do empate.

A final de Coimbra estava já ali, à distância de um remate acertado. Mas nem assim os avançados das duas equipas foram capazes de afinar a mira.

Rodrigo, de cabeça, quase fez o 0-1, após centro de Urreta, mas Quim estava atento. Jorge Jesus dava mostras de querer resolver a questão antes dos penalties: primeiro lançou Aimar, depois Enzo Perez, finalmente Ola John.

O Benfica tinha mais armas, mas pareciam faltar-lhe as munições.

Mesmo sem ser convincente, o Braga foi somando as melhores ocasiões. Éder (58) e Hugo Viana (88) estiveram muito perto de marcar, mas o 0-0 foi, caprichosamente, resistindo.

Sem lugar para prolongamento como critério de desempate nos regulamentos (medida inteligente), a passagem direta para as grandes penalidades ditou uma sorte merecida para o Sp. Braga.

O conjunto minhoto está, finalmente, numa final da Taça da Liga, quebrando assim o ciclo de finais consecutivas do Benfica. Falta agora saber quem será o adversário dos bracarenses na final de Coimbra.

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