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segunda-feira, 11 de março de 2013

Benfica-Gil Vicente, 5-0 (crónica)

Benfica-Gil Vicente [Foto: Nuno Alexandre Jorge]
Uma mudança do dia para a noite em relação ao jogo com o Bordéus. Voltou o Benfica intenso, fulgurante, demolidor, que, em pouco mais de meia-hora, trucidou o Gil Vicente, voltou a reclamar o primeiro lugar da classificação e os aplausos dos adeptos. Já se conheciam as prioridades de Jorge Jesus e estas ficaram bem patentes na diferença de intensidade que a equipa imprimiu nos últimos dois jogos. As poupanças frente aos franceses, resultaram numa explosão de energia esta noite.

Voltou também o melhor onze, não só Matic, imperial no centro do terreno, mas também Maxi Pereira e Salvio a pintarem a relva de vermelho no corredor direito. Mas voltou, acima de tudo, a intensidade que a equipa colocou em campo. Faltou apenas Luisão que, com problemas físicos, cedeu a vez a Jardel. Mas numa noite destas, nem se deu pela troca de brasileiros no eixo. O Gil apresentou-se em campo decidido a defender a baliza de Adriano, com uma linha de quatro defesas, apoiada por Luís Manuel e João Vilela, mas a estratégia de Paulo Alves caiu por terra num ápice. Em pouco mais de meia-hora, o Benfica pulverizou a defesa de Barcelos.

O primeiro golo chegou,a os 12 minutos, com uma espetacular abertura de Enzo Pérez que lançou Maxi Pereira para o interior da área. O lateral atirou junto ao primeiro poste e um desvio de Luís Martins traiu Adriano. Dez minutos depois, a ala direita voltava a provocar estragos, com Salvio a entrar na área, a tirar Luís Martins Vítor Vinha do caminho e a atirar cruzado. Adriano voltava a ficar mal na fotografia. Nesta altura a defesa gilista já tinha perdido toda a consistência que pretendia apresentar e era um autêntico passador, da direita à esquerda, por onde Ola John entrou para servir Melgarejo para o terceiro, com o paraguaio a bater o guarda-redes do Gil, pela terceira vez, com um toque subtil, de ângulo apertado.

A intensidade do Benfica era tão forte, com um ataque em bloco, que Cardozo e Lima pareciam que estavam a mais. Em pouco mais de meia-hora estava tudo resolvido na Luz, faltava apenas saber o resultado final. Depois do terceiro golo, o Benfica levantou o pé, mas manteve o controlo, diante de um Gil de cabeça perdida que apostava tudo em Hugo Vieira. Demasiado pouco para tantos obstáculos que o avançado tinha de superar, a começar por Matic que se encarregou de proporcionar uma noite descansada a Jardel e Garay.

Mais dois golos importantes

Na segunda parte manteve-se a tendência, com o Benfica a levantar o pé do acelerador e o Gil a crescer na mesma proporção. João Vilela atirou uma bola à barra e Hugo Vieira também teve uma boa oportunidade para marcar. O jogo estava mais aberto, com a equipa de Barcelos a abrir as suas linhas e a expor-se. O Benfica encolheu, para logo a seguir esticar, em velocidade, e chegar ao quarto golo, com a bola a passar, ao primeiro toque, por Cardozo e Ola John, antes de Lima encostar. Um golo importante porque, pela primeira vez desde há muitas jornadas, o Benfica iguala o F.C. Porto na diferença entre os golos marcados e sofridos.

Um golo que acabou de vez com as aspirações do Gil Vicente que nunca mais se encontrou. Faltava ainda o quinto golo. Lima esteve muito perto de bisar, tal como Cardozo, mas foi Gaitán que o assinou a fechar o jogo. O tal golo que permite ao Benfica ter vantagem na diferença de golos, caso venha a ser preciso, porque para já a equipa de Jesus tem mais dois pontos. Desta vez os adeptos aplaudiram. Assim é que eles gostam.

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