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sexta-feira, 26 de abril de 2013

LE: Fenerbahçe-Benfica, 1-0 (crónica)

Fenerbahçe-Benfica

O Benfica saiu vivo de Istambul e essa é a melhor notícia da noite para os encarnados. Erros próprios ditaram a derrota (1-0) das águias frente a um Fenerbahçe que foi melhor e que mostrou essa supremacia não só no resultado, como também nas oportunidades criadas.

A final de Amesterdão está menos distante do que um sonho, é verdade, mas é preciso que daqui a uma semana, depois de saber o que faz na Madeira, a equipa de Jorge Jesus volte para os níveis a que habituou o público nos últimos meses. A eliminatória é para virar na Luz, onde se espera que os diabos sejam verdadeiramente vermelhos. Ola John não jogará, mas também não vai haver Topal e Webo, do lado turco, com Meireles a sair lesionado nesta noite.

Pablo Aimar foi a surpresa no onze encarnado. Olhando para o talento do argentino, até parece incrível escrevê-lo assim desta forma. Mas os minutos do 10 na equipa são escassos, já que Aimar apenas foi titular pela quarta vez na temporada. Ainda assim, era alguém com futebol suficiente para na teoria ser um fator inesperado e desequilibrador no jogo. Não foi.

O Benfica entrou bem, calmo e sereno, e com Salvio a dar oportunidade a Volkan Demirel de ser o primeiro guarda-redes a entrar em ação. O argentino não conseguiu bater o guardião, tal como Aimar não conseguiu acertar na baliza turca, depois de servido por Cardozo. Aos 12 minutos, o Benfica ofensivo e que marca golos em quase todos os estádios começava a desaparecer.

Um passe errado de Matic foi a primeira falha notável para os encarnados. Sow atirou ao lado, mas percebia-se que o Fenerbahçe não ficava por ali, se o Benfica continuasse a errar. Ora, novo erro, agora de Jardel, e Webo com ocasião para atirar à baliza. Acertou na trave. Era apenas a primeira bola nos ferros do jogo.

Não era um ataque constante, o do Fenerbahçe. Mas, estranhamente, não havia jogo pelas alas encarnadas. Salvio deixou de ter bola, Ola John nunca apareceu no jogo realmente. Ou melhor, apareceu, para fazer asneira, num penalty absurdo, em cima do intervalo. Cristian Baroni atirou ao poste e saiu a chorar para o balneário. Já a sorte sorria. Ao Benfica.

Erra um, erra o outro

A pressão turca foi maior logo no início do segundo tempo. Artur respondeu a remates de Cristian Baroni e de Raul Meireles. Aimar já não estava em campo e Gaitán tentava melhorar o jogo encarnado, depois de ter sido suplente. Só que o Fenerbahçe ganhou sempre a luta a meio-campo, onde Matic esteve demasiado desamparado, com uma noite de menor fulgor de André Gomes. Assim, quando Kuyt atirou ao poste (3ª do Fenerbahçe), já o resultado era uma bênção para os encarnados que deixaram de importunar os turcos demasiado cedo. Era a vez de Jesus fazer alguma coisa de novo.

Antes de o treinador ir ao banco buscar Rodrigo e retirar um apagado Ola John, Nico Gaitán atirou ao poste também. Foi a melhor oportunidade de um Benfica que, provavelmente, teve o jogo menos criativo de 2013. Quanto ao hispano-brasileiro, também não trouxe nada de novo.

Foi quando o jogo entrava numa maior acalmia que chegou o golo. O árbitro deu mal um canto a favor dos turcos, mas o erro maior foi para Melgarejo. O paraguaio não deve ter percebido que estava sozinho e, ao segundo pote, cabeceou para o primeiro, onde Korkmaz cabeceou para dar vantagem ao Fenerbahçe.

André Gomes ainda tentou um lance individual, mas se o Benfica já tinha sido feliz atrás apesar dos erros, não podia abusar da sorte na frente. Tem, isso sim, de recuperar fôlego e, importante também ter a coragem de um Salgueiro Maia perante o Brigadeiro Pais para, na Luz, encarar este Fenerbahçe com toda a alma e o bom futebol que tinha vindo a demonstrar nesta noite.

Antes, porém, segue-se o Marítimo. Muitas opções tomadas em Istambul poderão ter a ver com esse jogo da Madeira. As consequências vêem-se segunda-feira, antes da receção ao Fenerbahçe.

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