Facebook

domingo, 4 de novembro de 2012

Benfica-V. Guimarães, 3-0 (crónica)


Benfica vs Vitória de Guimarães (LUSA)

As equações são sempre fáceis de resolver quando há pouco visitante, neste caso o Vitória de Guimarães, e o Benfica do costume. Houve pouco atrevimento nos minhotos e a consciência do outro lado que, mais tarde ou mais cedo, tudo iria acontecer a seu favor. Fosse Salvio, Ola John, Cardozo, Lima ou outro qualquer o primeiro golo iria acontecer e a partir daí tudo poderia ficar mais fácil. Daí aos 3-0 era uma reta e era só acelerar. O Benfica sai da partida colado ao FC Porto e a única má notícia foi a expulsão de André Gomes, a segunda consecutiva, num setor algo debilitado.

Jorge Jesus aproveitou o regresso de Carlos Martins e entregou-lhe a missão de levar a equipa para o ataque. De Barcelos manteve a ala esquerda, com Luisinho e Ola John, e mexeu na direita e no meio, onde não havia Enzo Pérez para encaixar por se encontrar castigado. Salvio voltou para a sua posição natural e no miolo Martins só podia substituir André Gomes, que começou no banco.

Os encarnados foram dinâmicos sempre que Carlos Martins teve confiança e físico para levar a equipa para a frente, mas também de todas as vezes que Salvio disse presente com diagonais para a área e cruzamentos, e Maxi fez questão de o acompanhar de perto. Luisinho e Ola John tentavam o mesmo na esquerda, mas a um ritmo diferente, menos explosivo. Tudo somado, o conjunto de Jesus teve momentos em que jogou quase todo em cima da área de Douglas. Depois, havia o resto: muitas pernas por ultrapassar até chatear o guarda-redes contrário. Aí, as coisas não estavam a correr muito bem.

Artur fundamental

O Vitória de Guimarães tentou esperar pelo erro. Algum apetite a mais no rival, um erro na transição para a defesa, um jogador fora de posição e, aí sim, podia tentar ameaçar Artur. A primeira grande oportunidade pertence-lhe, aos 33 minutos, quando Luisinho somou a terceira má intervenção (antes, duas perdas de bola inacreditáveis no meio-campo do rival, que originaram contra-ataques perigosos) da noite e se esqueceu de Toscano nas costas. O guarda-redes do Benfica saiu dos postes e defendeu com as pernas, evitando muitos dissabores à sua equipa.

Era pouco, no entanto, para os minhotos. Sem a capacidade de manter à distância os encarnados, sentia-se que o aumentar da pressão iria dar em golo mais cedo ou mais tarde. E deu mesmo, ainda no primeiro tempo. Ola John não quis forçar a ida para a linha, fletiu para o meio e cruzou para um Cardozo estático, que só teve de cabecear para o lado esquerdo de Douglas.

Outra vez não, Carlos!

Pouco depois, Carlos Martins começou a pedir aos colegas para não lhe passarem a bola e Jesus a dar ordens a André Gomes para forçar o aquecimento. O internacional português sairia antes do intervalo já sem fazer novo sprint.

A segunda parte começou praticamente com a jogada do 2-0. Ola John novamente pela esquerda, com a cruzamento a fugir da baliza e Salvio a perceber antes de todos onde a bola ia cair e a correr como um louco. Ao passar por Addy caiu. E o árbitro João Ferreira não teve dúvidas. Passa-se tudo muito rápido e é impossível perceber de cá de cima se Addy toca mesmo no argentino. Quem não quis saber foi Cardozo, que não teve dificuldades em enganar Douglas no penalty.

O resultado estava feito e muito dificilmente ficaria por aqui. Cardozo ameaçou aos 58 e Lima fez mesmo o 3-0, aos 67 minutos. O paraguaio isolou o brasileiro com a ajuda de Ndiaye e este fuzilou Douglas com o pé esquerdo.

Antes do fim, aos 79 minutos, surgiu a expulsão de André Gomes. Uma entrada fora de tempo sobre Leonel Olímpio valeu-lhe o vermelho direto. A decisão de João Ferreira pode ter sido um pouco pesada, tantas são as entradas assim um pouco por todo o lado (ou seja, o amarelo também estava bem), mas pelo jovem só pode ser encarado com mais uma dor de crescimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário