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segunda-feira, 12 de março de 2012

P. Ferreira 1-2 Benfica

P. Ferreira - Benfica (FOTOS: Catarina Morais)
Triunfo importantíssimo do Benfica na Mata Real. Um pouco à imagem do que aconteceu em Santa Maria da Feira. Momentos importantes na definição de um campeonato. Reviravolta no marcador e o F.C. Porto a um ponto (1-2).

Jesus tem crédito do banco. Inventou soluções perante um adversário complicado, chato mesmo, empolgando na primeira parte, cansado e inferiorizado numericamente na reta final. Michel inaugurou a contagem, Gaitán e Bruno César deram a cambalhota. Artur Moraes, sem marcar, foi decisivo. 

A profecia de Jesus batera certo. O técnico do Benfica contava com a perda de pontos de adversários diretos e tal aconteceu à primeira. Líder a dar passos em falso no seu próprio reduto, frente à Académica (1-1).

A formação encarnada vira o Sp. Braga fugir à condição, animando-se com a perspetiva de poder ficar a um ponto do F.C. Porto. Os adeptos também se entusiasmaram com o cenário e formaram a tradicional onda a norte, transbordando a Mata Real. Saíram satisfeitos.

Recinto a transbordar de entusiasmo

O recinto do Paços de Ferreira foi pequeno para receber tanta gente, encarnados em maioria, locais mais satisfeitos com ao fuga aos últimos lugares da tabela classificativa. 

Nas últimas sete jornadas, a formação pacense garantira quatro vitórias e um empate. Números surpreendentes para os observadores externos, trabalho meritório de Henrique Calisto na recuperação do grupo.

A equipa da Mata Real justificou a subida na tabela. Entrou com o peito feito, aproveitando inúmeros buracos no setor defensivo do Benfica. Luisinho e Melgarejo formaram uma dupla diabólica à esquerda.

Melgarejo, cedido pelos encarnados, jogou mesmo e foi uma das figuras do encontro. Ao 28º minuto, lançou o seu lateral para um cruzamento rasteiro que Manuel José não conseguiu aproveitar. O extremo atirou contra Artur mas Michel, na recarga, marcou mesmo.

Demasiadas mexidas no onze

Minutos antes, Cássio fizera uma tremenda mancha a Saviola, evitando o tento inaugural dos encarnados. Nesse momento, el conejo desperdiçou a oportunidade de justificar a confiança, ou ato de fé, de Jorge Jesus.

Sem Emerson, Garay e Aimar, o técnico não se limitou às mudanças necessárias. Quis ir mais além e ficou a perder. Nolito e Saviola, lançados no onze, viriam a ser substituídos ao intervalo. Erro crasso.

O Benfica afunilava o seu jogo e embatia no muro pacense. Numa das raras exceções, a equipa de arbitragem inverteu a lógica e entendeu uma queda de Bruno César como simulação. Sem sentido. Parece penalty claro de Luiz Carlos.

Jorge Jesus mexeu ao intervalo mas os encarnados continuavam a denotar falta de velocidade para acompanhar as ofensivas pacenses. Quando saía do seu bloco baixo, o P. Ferreira semeava o pânico e teve duas oportunidades para fazer o 2-0.

De que vale ter crédito no banco

Arturo Alvárez substituíra o lesionado Manuel José mas passou ao lado do jogo. Em dez minutos, desperdiçou um par de ocasiões soberanas. Primeiro, atirou ao poste (50m). Pouco depois, permitiu uma brilhante intervenção de Artur Moraes (59m). Na recarga, Michel atirou por cima.

O banco do Benfica teve mais crédito. Lançar Artur Alvárez é uma coisa, apostar em Gaitán e Nélson Oliveira é outra. Necessariamente melhor.

Pouco após a hora de jogo, Nélson Oliveira (curiosamente, pouco feliz na sua passagem pelo Paços), inventou um lance no flanco direito e cruzou rasteiro para a conclusão de Gaitán. 

Era o tónico necessário para virar o encontro. O P. Ferreira caía de produção depois de ter ficado próximo do segundo golo. Em poucos minutos, entregou de vez os pontos.

Bruno César, na cobrança exemplar de um livre direito, virou o jogo e libertou a festa encarnada. Final de loucos. Os castores, já quase sem forças, viram Michel rumar aos balneários com o segundo amarelo e Ricardo ser expulso por palavras. Nove resistentes. Caíram de pé.

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