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sexta-feira, 23 de março de 2012

Olhanense-Benfica, 0-0 (crónica)

Olhanense vs Benfica (Luís Forra/Lusa)

O Benfica não conseguiu vencer o Olhanense e perdeu a oportunidade de dormir (embora à condição) na liderança isolada do campeonato. O empate a zero reflete o acerto defensivo do Olhanense e penaliza a falta de imaginação encarnada. Desde que regressou ao principal campeonato português o Olhanense ainda não perdeu com os encarnados, no Algarve. E vão três empates consecutivos.

Os desígnios de Sérgio Conceição, em relação à constituição da equipa, foram condicionados na última ronda, em Guimarães. Os cartões amarelos mostrados a André Pinto, Wilson Eduardo e Cauê (este por duas vezes) afastaram-nos desta partida e alienaram parte da capacidade dos algarvios. A lesão de Mexer acentuou este cenário.

Os danos provocados pelos castigos e lesão poderiam ser mais visíveis nos processos defensivos, com a retirada de cena de três elementos: os defesas André Pinto e Mexer e o médio Cauê, um dos trincos da equipa ao lado de Fernando Alexandre. Nestes procedimentos, recorridos a um quarteto defensivo e uma dupla de trincos, ficar com cinquenta por cento dos titulares na bancada, é complicado. Não só pelas ausências mas também pela falta de rotinas e ritmo competitivo dos eleitos para as suprirem.

De qualquer forma, os substitutos não comprometeram. Pelo contrário.

Presos na teia algarvia

Obviamente que o Benfica não tem culpa do cenário que apanhou. Dado o conhecimento prévio das eventuais debilidades ocasionais do adversário nesta jornada já expostas anteriormente, era previsível o alvorar das hostilidades benfiquistas à baliza de Fabiano Freitas: uma estocada bem cedo poderia apressar a queda. Mas tal não aconteceu e o Benfica foi para intervalo sem conseguir alvejar, por uma vez que seja, a baliza adversária.

Com muitas dificuldades em encontrar espaços, os encarnados ficaram presos na teia algarvia, com um meio-campo muito povoado, dificultando a circulação de bola ao Benfica. A velocidade de Salvador Agra e Toy iam animando o Olhanense, a espaços, ofensivamente.

Só Maxi e Gaitan, esporadicamente, mexiam com o corredor direito, deixando muitas vezes Cardozo (principalmente) e Nélson Oliveira longe da bola. Jardel, de cabeça na sequência de um canto e com a bola a passar por cima da baliza, foi, e com muita boa vontade, a única vez que os encarnados conseguiram incomodar Fabiano.

Aimar entra mas para no vermelho

Dadas as dificuldades, era evidente que Aimar tinha quer entrar em cena. Lançado na segunda parte, o argentino tentou ordenar a equipa ofensivamente. Mas Aimar só teve tempo de se mostrar num lance bola parada (livre), com Javi a cabecear ao segundo poste e a bola a passar com perigo junto à base do poste direito da baliza de Fabiano. pois acabou por ser expulso aos 61 minutos, por entrada imprudente sobre Rui Duarte.

Com a substituição de Witsel por Rodrigo, a estratégia de Jorge Jesus passaria por explorar o futebol directo, Mas só de bola parada é que o Benfica voltou a criar perigo: Jardel, de cabeça na sequência de um canto. Toy, em contra-ataque, deu voz aos adeptos algarvios, mas a bola morreu nas mãos de Artur.

Arriscar tudo sem prémio

Com a entrada de Saviola o Benfica arriscou tudo e passou a jogar com uma linha de 3 defesas: Luisão, Javi e Jardel. Gaitan fechava a esquerda quando os encarnados não tinham bola. Até final o cerco à baliza de Fabiano foi apertado mas feito mais com o coração do que com a cabeça.

Cardozo desperdiçou uma boa oportunidade aos 85 minutos. Maurício, o melhor em campo, foi decisivo em tempo de compensação ao cortar em cima da linha de golo um chapéu de Gaitan. Nos instantes finais Saviola também teve o golo nos pés mas fabiano negou-lhe os festejos com grande defesa.

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