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terça-feira, 7 de maio de 2013

Benfica-Estoril, 1-1 (crónica)

Benfica-Estoril

A jornada até começou com possibilidade de o Benfica festejar o título, se o FC Porto perdesse na Choupana, mas acaba com os adeptos encarnados de cabelos em pé. A liderança ainda é das «águias», mas agora com apenas dois pontos de vantagem sobre o FC Porto. O clássico da penúltima jornada ganha, por isso, uma importância ainda maior.

Frente a um Estoril de grande nível, muito bem organizado, o Benfica apresentou anormal intranquilidade, para além de evidente desgaste físico de algumas unidades. Ter alma é importante, sim, mas quando não se tem calma fica mais complicado.

Um líder demasiado ansioso

Na Luz estiveram 60.897 espectadores, mas muitos deles ainda nem tinham chegado ao seu lugar quando o Benfica criou a primeira ocasião de perigo. O marcador indicava apenas oito segundos de jogo quando Lima cabeceou para defesa de Vagner, após cruzamento de Gaitán.

Mas a verdade é que, ao contrário do que tinha acontecido frente ao Fenerbahçe, a equipa de Jorge Jesus não conseguiu manter o ritmo. O início fulgurante ficou por aí, consequência da pouca inspiração das unidades mais adiantadas da equipa da casa, mas também mérito do Estoril. A equipa de Marco Silva encontrou rapidamente maneira de controlar o ímpeto adversário, e depois o ataque provocou sempre alguma intranquilidade nas bancadas, fruto da rapidez e mobilidade.

Luís Leal esteve particularmente ativo, e aos 24 minutos ficou mesmo a reclamar um penalty, após disputa de bola com Artur. Cinco minutos depois o ponta de lança «canarinho» rematou à entrada da área para defesa incompleta de Artur, que Licá quase aproveitava.

Por esta altura o Benfica parecia desorientado, também pelas limitações físicas de Enzo Pérez, que acabou mesmo por ceder o lugar a Carlos Martins (31m). As «águias» aproximaram-se então um pouco mais da baliza contrária, e Lima chegou mesmo a acertar no poste (33m). O brasileiro foi dos mais desinspirados no primeiro tempo, uma vez que já aos 22 minutos tinha atirado muito por cima, quando estava em excelente posição, e na última jogada antes do descanso não conseguiu aproveitar um passe de Cardozo que Yohan Tavares não conseguiu cortar. Antes, porém, novo lance polémico com Luís Leal, apanhado num fora de jogo milimétrico quando aparecia em situação privilegiada, só com Artur pela frente.

Jefferson tira ao Benfica para dar ao Estoril
A entrada do Benfica na segunda parte voltou a ser curta. Ainda que Maxi tenha chegado a tirar Vagner do caminho, mas para ver Jefferson substituir o guarda-redes e evitar o golo. O lateral brasileiro não só evitou que o Benfica se adiantasse no marcador, como depois ainda permitiu que fosse o Estoril a conseguir isso. Foi de livre direto, uma espécie de canto curto, com Licá a falhar o desvio mas desta forma a enganar Artur, mal batido (59m).

Aproveitando que o adversário estava combalido, ainda a recuperar do golpe, o Estoril até podia ter aumentado a vantagem três minutos depois, com Licá a aparecer solto na área mas a rematar ligeiramente por cima.

Já erguido, o Benfica não demorou a colocar tudo na mesma. Maxi empatou com um grande pontapé, apenas nove minutos depois. A Luz animou-se e embalou a equipa em busca do golo da vitória, mas pouco depois surgiu novo golpe, com Carlos Martins a ver o segundo cartão amarelo (e ainda para mais a sair lesionado).

Com apenas dez elementos, e perante um adversário de grande nível (nunca é de mais referir), o Benfica não conseguiu evitar a perda de dois pontos. Luisão ainda teve uma boa oportunidade, mas cabeceou por cima, mas Carlitos também viu Artur negar-lhe o golo.

O empate pode sair caro ao Benfica na luta pelo título, enquanto que o Estoril, perante as circunstâncias, deve sentir-se mais perto da Europa.

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