Jorge Jesus afirmou na antevisão deste jogo que tinha falado com o presidente, Luís Filipe Vieira, dizendo-lhe que não havia necessidade de encontrar uma alternativa a Javi Garcia, médio que se transferiu para o Manchester City, de Inglaterra. Disse ainda o treinador que, no plantel, tinha soluções com qualidade para ocupar a vaga deixada em aberto pelo espanhol, referindo-se a Matic, André Almeida e André Gomes (os dois últimos da equipa B).
Porém, para o jogo com o nacional, o treinador dos encarnados lançou na posição 6... Witsel. Jesus trocou as voltas a adeptos, jornalistas e, diga-se, à equipa que, durante o primeiro tempo, esteve apática, mal no processo defensivo e com inúmeras dificuldades para realizar as transições ofensivas. Porquê? Por mérito (muito mérito mesmo) do Nacional, equipa bem posicionada em campo e rápida a sair para o ataque, mas sobretudo pelo facto de, com a colocação de Witsel na posição mais recuada do meio-campo ter retirado criatividade e velocidade nas transições (Carlos Martins foi lançado e esteve longe do habitual). Aliás, no final do primeiro tempo não seria escandaloso que o Nacional estivesse em vantagem, tamanho o caudal ofensivo demonstrado nesse período.
Mas veio o segundo tempo, Jesus fez entrar Matic (Carlos Marins saiu lesionado) e tudo mudou. Witsel subiu no terreno e subiu também o Benfica de produção, jogando em zonas mais avançadas, de forma mais rápida, podendo explorar a velocidade de Salvio e Enzo Pérez, endiabrados nas alas.
Por isso, quando Cardozo saltou para empurrar de cabeça um bom cruzamento de Maxi Pereira, suspirou de alívio a Luz e o fantasma de Javi desapareceu. Foi como se a equipa tivesse respirado fundo e embalado para uma segunda parte de bom nível, recheada de futebol ofensivo e mais dois golos (um de Rodrigo outro de Cardozo), numa prova cabal de que, com as peças certas no espaço certo, é muito difícil bater este Benfica.
Vitória airosa das águias, mais três pontos no campeonato e tudo parece correr bem na Luz. Quanto ao Nacional... é certo que ainda não ganhou na Liga, mas se o futuro foi igual aos primeiros 45 minutos, é certo que os madeirenses vão andar lá por cima, perto da zona europeia.
Fonte: abola
Sem comentários:
Enviar um comentário