quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
TL: Benfica-Académica, 3-2 (crónica)
Na verdade nem chegou a ser um susto: foram apenas treze minutos de uma ansiedade pouco comum no estádio da Luz. Exactamente os treze minutos que se percorreram entre o segundo golo da Académica, que eliminava o Benfica da Taça da Liga, e o empate restabelecido pelo herói Kardec.
Chegou para fazer a Briosa sonhar e o público em geral animar-se com um jogo que tinha deixado para a história uma primeira parte muito melancólica. Mas não mais do que isso. Ninguém com um estado de espírito ponderado e razoável acreditava que aquele resultado podia sobreviver meia hora.
Não sobreviveu, claro. O Benfica acelerou ligeiramente e garantiu o triunfo justo. Com isso apurou-se para as meias-finais da Taça da Liga e valorizou o esforço da Académica. A formação de Pedro Emanuel ficou longe de fazer uma exibição feliz, mas pelo menos transmitiu um esforço digno.
No fundo a segunda parte trouxe o estímulo a um jogo que a primeira metade não tinha tido. Jorge Jesus lançou Roderick, Aimar, Bruno César e Nolito, o ritmo de jogo ressentiu-se e o espetáculo tornou-se desinteressante. Duas aberturas e um excelente remate de André Gomes era quase tudo.
Os cinco minutos finais trouxeram dois golos, um para cada lado, e lançaram promessas interessantes para a segunda parte. Ora a segunda parte, precisamente, que abriu com o segundo golo da Académica, em nova falha da defesa encarnada, e com isso o jogou não voltou a ser igual.
Os encarnados tinham de fazer pela vida para não caírem numa prova que ganharam nas últimas quatro épocas. Fizeram, claro. Fizeram-no pendurados nas costas de um herói improvável: Kardec. Fez o empate num bom golpe de cabeça, assistiu Lima para o terceiro golo e revolucionou o jogo.
O Benfica impôs as distâncias que a primeira parte não conseguira fazer, manteve a vontade de jogar num ritmo ligeiramente mais rápido e criou mais três ou quatro boas ocasiões de golo. Pelo meio Reiner Ferreira foi expulso, o que é apenas um pormenor: o Benfica já estava lançado antes.
É certo que o resultado não sofreu mais alterações, pelo que fica o essencial: uma vitória justo do Benfica num jogo que valeu pela meia hora inicial da segunda parte, o grito de Kardec de que podem contar com ele e o regresso de Carlos Martins ao relvados após mês e meio de ausência.
Pelo meio poupou-se Artur, Garay, Melgarejo, Matic e Enzo Perez, mais Cardozo e Rodrigo, claro. No domingo é outra história, certo, mas pelo menos há esse ânimo de saber que a equipa soma três vitórias em três jogos em 2012, à média de quatro golos por jogo. No fundo são só boas notícias.
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